sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Venezuela

000_Mvd6644356.jpgVenezuela vive como se fosse um "estado de exceção", diz ONU

Nações Unidas acusam o país de torturar e humilhar presos políticos e forçar mulheres presas a praticar sexo oral com seus captores

da recação com AE

A ONU acusou o governo da Venezuela de ter humilhado, ameaçado e torturado cerca de três mil manifestantes presos durante protestos realizados no primeiro semestre de 2014. A acusação foi feita nesta quinta-feira 6, em reunião do Comitê de Defesa dos Direitos Humanos das Nações Unidas, que afirma que o país latino-americano vive como se estivesse em um “estado de exceção”. Esta é a primeira vez em mais de uma década que a Venezuela participa do encontro, que acontece em Genebra, na Suíça, e vai até a sexta-feira 7.

De acordo com a ONU, que diz estar impedida de entrar no país, os presos foram obrigados a ficarem nus e foram ameaçados de estupro. “Temos informações de que, durante os distúrbios de fevereiro, mais de três mil pessoas foram detidas, desnudadas, ameaçadas de estupro e não foram autorizadas a ter acesso a um advogado”, afirmou o relator do comitê, o dinamarquês Jen Modvig, que diz haver diversas denúncias além das 183 violações aos direitos humanos e dos 166 casos de maus tratos registrados oficialmente. Entre as denúncias, estão as de que mulheres detidas foram “forçadas a manter sexo oral” em seus captores e liberadas dias depois.
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