"Ser conservador, então, é preferir o conhecido ao desconhecido, o experimentado ao não experimentado, o fato ao mistério, o atual ao possível, o restrito ao irrestrito, o próximo ao distante, o suficiente ao superabundante, o conveniente ao perfeito, o sorriso presente ao êxtase utópico. Relações familiares e de lealdade serão preferidas ao fascínio de ligações mais rentáveis. Adquirir e ampliar serão menos importantes do que manter, cultivar e desfrutar. A dor da perda será mais aguda do que a excitação da novidade ou da promessa. É para igualar-se à própria sorte, para viver segundo os próprios meios, para contentar-se com o desejo de maior perfeição que tanto pertence a si mesmo quanto à própria circunstância. Em algumas pessoas essa é uma escolha natural; em outras uma disposição que se manifesta, frequentemente ou em menor grau, nas preferências e nas aversões, não sendo uma escolha intrínseca ou especificamente cultivada".
-- Michael Oakeshott (1901-1990)
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