O Homeland Security é o monstro burocrático criado após o 11 de setembro, teoricamente com a finalidade de impedir o ingresso de inimigos no território. Hoje é a menina-dos-olhos do presidente Barack Hussein Obama, que conta com ele para desarmar a população e, de quebra, intimidar seus inimigos políticos. Uma de suas grandes realizações foi instalar nos aeroportos aquelas máquinas de raios-x que revelam às autoridades o tamanho dos pênis e os modelos das calcinhas. Nenhum terrorista foi jamais descoberto por esse meio. Em compensação, milhões de velhinhas passaram mal, milhões de senhoras e senhoritas se sentiram bolinadas, milhões de empresários perderam encontros de negócios e milhões de maridos estão até hoje tentando explicar por que chegaram tarde em casa. Mas nem tudo é prejuízo: é possível que algum namoro tenha começado nas filas de espera. Uma das funções básicas do Homeland Security é, por definição, impedir o ingresso e a permanência de imigrantes ilegais nos EUA, mas, com o mesmo desvelo com que vasculha as partes íntimas dos viajantes nos aeroportos, o departamento se empenha em facilitar o ingresso e assegurar a permanência dos invasores: sabendo que a massa dos ilegais não vem por via aérea, desarticula a vigilância nos postos de fronteira, franqueando a passagem dos indesejáveis, e faz corpo mole na hora de expulsar os que já entraram, alegando que são muitos e não há condições de pegar um por um. Não é preciso dizer que o presidente Barack Hussein Obama enxerga nos ilegais um delicioso contingente de futuros eleitores do Partido Democrata, assim como vê na metade nacionalista, conservadora e armada da população americana um inimigo a ser destruído por todos os meios, a começar pela sua rotulação – por enquanto oficiosa – de radical e terrorista. Por isso mesmo, o departamento que acha impossível expulsar doze milhões de ilegais não recua ante o projeto infinitamente mais ambicioso e complexo de desarmar uma quantidade doze vezes maior de cidadãos americanos; e aliás, como vimos, já se prepara para isso estocando armas e munições, o mais convincente argumento contra os obstinados e recalcitrantes.
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