quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Universidades brasileiras - condenada à mediocridade

Rogério Cezar de Cerqueira Leite
TENDÊNCIAS/DEBATES
Condenada à mediocridade
Para melhorar a gestão das universidades brasileiras, é preciso coragem política para adotarmos a fórmula da Organização Social
Desde seus tribulados primeiros passos, talvez em Bolonha (Itália), a instituição que hoje chamamos de universidade teve uma missão monolítica, a saber, gerar e difundir conhecimento. Embora ainda haja equívocos quanto à sua missão, um grande progresso foi alcançado quanto à compreensão da sua importância para a civilização.
Após 40 anos de proselitismo, parece que algumas verdades finalmente se tornaram autoevidentes. Hoje todos reconhecem que sem capacitação tecnológica não há desenvolvimento econômico, como também que sem atividade de pesquisa em ciência não há inovação. Concluímos que sem universidades de qualidade não há desenvolvimento econômico e social.
Pois bem, enfrentemos a trágica realidade. O ranking de universidades de maior credibilidade do mundo, o "Times Higher Education", examinou as 400 melhores. A USP ficou entre a 226ª e a 250ª posição. A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) entre a 301ª e a 350ª.
A humilhação é maior quando se compara universidades de países em desenvolvimento. O Brasil não está entre as dez primeiras e possui apenas uma entre as 20 primeiras, a USP. Já a Turquia, por exemplo, cujo PIB é um terço do brasileiro, tem três universidades entre as dez primeiras e cinco entre as 20 melhores.
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