“Não é a ideia. É a execução"
O criador do centro de inovação do Recife critica o ambiente empreendedor no Brasil
Há os problemas externos, mas muitas startups não prosperam no Brasil por ingenuidade dos empreendedores. Eles não sabem criar modelos de negócios. Também não resistem a três níveis de perguntas sobre como funciona o mercado no qual querem ingressar.Não aguento mais conhecer empreendedores. Eles não entendem que um negócio inovador não é feito de ideias, mas de execução. Os grandes negócios que conhecemos são a terceira ou quarta execução de uma mesma ideia. A primeira rede social é de 1995. O Facebook veio bem depois.
As empresas prezam muito um indicador: o retorno sobre o investimento. Entre nós, não existe melhor retorno do que montar um lobby, fechar o mercado e complicar as regras para os competidores internacionais. É a nossa estratégia de avestruz.
Os smartphones feitos no Brasil têm de sair de fábrica com dez aplicativos nacionais. E os programas devem ser validados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Conto isso no exterior e as pessoas rolam de rir. Afinal, isso não é nem protecionismo. É uma piada.
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