"(...) A Escola Austríaca, diferente de outras escolas de pensamento econômico, não se baseia em iluministas e maçons (inclusive, ela criticava muito Smith e Ricardo, no grande debate sobre o método). Desde sua fundação, com Carl Menger, a Escola Austríaca segue primordialmente teorias e postulados deduzidos por estudantes de teologia, padres e filósofos tomistas da Escola de Salamanca. Em “Princípios de Economia e Política”, de 1871, Menger cita o arcebispo Diego de Covarrubias y Leyva (1512-1577). Friedrich A. Hayek também dizia que os princípios teóricos da economia de mercado, assim como os elementos básicos do liberalismo econômico, não foram concebidos, como geralmente se acredita, pelos calvinistas e protestantes escoceses. Ele chegou ao ponto de citar dois escolásticos de Salamanca em seu discurso de vencedor do prêmio Nobel de economia em 1974: Luís de Molina (1535-1600) e João de Lugo (1583-1660). Entender isso é fundamental para responder toda crítica soberba de tradicionalistas que consideram o livre mercado como um fruto da modernidade: ele não é, e nem a Escola Austríaca! (algo que me deixa intrigado é jovem metido a facho chamando o livre mercado de modernista, mas defendendo nacionalismo, nação geograficamente grande e ordenamento social centralizado em uma figura. Isso sim foge totalmente da normalidade que havia na baixa idade média, além de abrir margens para maiores deturpações. Com um estado geograficamente grande, o indivíduo terá de andar mais tempo caso o líder queira arbitrar em instituições importantes, fazendo com que seu poder se torne quase que ilimitado)."
Nathan Magnus
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