Crescimento econômico sem milagres
Antony Mueller
Na estatística oficial do crescimento econômico não se faz a distinção entre o crescimento econômico sustentável que representa uma expansão da capacidade produtiva e um aumento da produção apenas devido à demanda que produz somento um aumento transitório da produção. Um pacote de estímulo fiscal ou monetário, por exemplo, serve para aumentar a demanda, mas o seu efeito sobre a capacidade produtiva pode ser de fato negativo ao longo prazo e levar a uma redução do crescimento genuíno. Crescimento econômico baseado em mais demanda não é crescimento autêntico, mas representa crescimento derivado. Mais demanda pode estimular o aumento da produção com os recursos presentes, mas o crescimento sustentável acontece no lado da oferta, no nível dos fatores de produção, que fornecem o fundamento da prosperidade durável.
Tipos de crescimento econômico
Um crescimento econômico que aumenta e melhora a capacidade produtiva de uma economia é bem diferente de uma expansão da produção que é o resultado do aumento do uso da capacidade existente. O primeiro tipo de crescimento econômico representa crescimento econômico sustentável porque reflete a expansão dos fatores de produção. Este tipo de crescimento econômico é feito de milhares de trabalhadores e empreendedores e inovadores. O segundo tipo de crescimento econômico é o resultado de maior demanda. Este tipo de crescimento é feito de mais gastos dos políticos no governo e de um aumento da massa monetária do banco central. O primeiro tipo de crescimento econômico é sustentável, o segundo é necessariamente efêmero. Se seja possível criar crescimento continuo com mais demanda, não existia pobreza no mundo. Não é a falta de dinheiro que limita o progresso econômico, mas a escassez existe nos fatores de produção. O que falta em países pobres não e dinheiro, mas carece dos fatores de produção principalmente na forma de capital física e humana e da tecnologia.
Uma expansão da demanda resulta de gastos mais elevados e, como tal, é principalmente um fenômeno monetário. Uma recuperação econômica pode começar com expansão da demanda, mas isso não vai levar a economia de crescer muito longe se esta expansão não seja acompanhada por um aumento da capacidade produtiva. Quando a expansão monetária aumenta a demanda além do nível normal da utilização da capacidade, inflação de preços é o resultado. Tal política, em vez de criar prosperidade produz distorções na economia e finalmente mais miséria. Como fenômeno monetário, o crescimento econômico em termos de expansão da demanda não tem um limite próprio porque a produção de dinheiro acontece fora da lei de escassez e assim é bem diferente da economia real. Dinheiro não pode eliminar a lei da escassez que se manifesta no nível dos fatores de produção. Não muito diferente da lei da gravidade, que diz que mais se ignora a lei, mais forte ela reclama sua validez. Nesta perspectiva fenômenos como recessões e depressões e outras formas da “queda” da atividade econômica são resultados da negação da lei de escassez.
Crescimento com endividamento
A política de demanda nega o princípio que a produção deve vir antes do consumo. Não dá negar a existência de seqüências na vida econômica. De fato, as leis econômicas devem ser respeitadas não menos que as leis da natureza. Conhecer e respeitar as leis econômicas e as leis da natureza é o caminho para a prosperidade, enquanto ignorar e violar estas leis prepara o caminho para a miséria. Para ter alguém que absorve mais que produz, preciso outra entidade econômica que produz mais que absorve. O limite do endividamento é o limite do credor de emprestar. Uma entidade econômica -- seja uma família ou uma empresa, ou o governo -- pode correr na frente de sua própria produção atual e absorver mais se tem acesso a empréstimos ou transferências. Quando um país inteiro absorve mais que produz, acumulará um déficit comercial, que, por sua vez, também requer empréstimos ou doações do exterior. Qualquer gasto mais de produção tem como contraposição mais obrigações.
As leis fundamentais da economia como que a produção vem antes do consumo são tão rigorosas como as leis da natureza e na verdade pode-se argumentar que as leis econômicas são ainda mais rigorosas que as leis da natureza porque são leis da ação humana própria. No entanto, é comum não só para indivíduos buscar ações que tentam violar as leis econômicas, mas sim, sobretudo os governos escolham desrespeitar as leis básicas da economia. Sob um regime de moeda fiduciária, não há limite para os gastos do governo. No entanto, um aumento de gastos com base na expansão monetária não implica que a produção poderia se expandir no mesmo ritmo. Enquanto os gastos monetários são ilimitados e não há escassez na adição de cada vez mais zeros nos preços, a produção é limitada pela lei da escassez. O problema com as políticas de demanda é que se nega a seqüência natural de produção e consumo e implicitamente assim se nega a existência de escassez. Política de demanda baseia-se na ilusão que mais consumo e gastos do governo podem criar riqueza. No entanto, na realidade econômica é impossível que o consumo possa preceder a produção. A ilusão monetária de empréstimo sugere que este milagre acontece de verdade. A realidade sempre volta: em vez de mais prosperidade, o resultado destas políticas vai ser mais inflação, e em vez de criar riqueza estas políticaa tornam a sociedade mais pobre.
Crescimento com maus investimentos
Crescimento genuíno acontece com o aumento e a melhoria dos fatores de produção. Crescimento econômico falso ocorre quando o produto interno bruto (PIB) se expande por causa da demanda na forma de maus investimentos - seja pelas empresas ou pelo governo. Crescimento econômico insustentável ocorre quando os consumidores expandem seus gastos além da sua capacidade de pagar. Entre esses três grupos: empresas, governo e consumidor - é o governo que pode mais prolongar a sua expansão da demanda desperdício. Políticas monetárias frouxas permitem a acumulação de dívidas no financiamento de projetos sem suficiente rendimento. Mais longo a política monetária expansiva continua, maior vai ser o mau investimento e mais tempo vai demorar em re-equilibrar a economia.
Tal tipo de crescimento econômico geralmente acontece devido a impulsos monetários que elevam a demanda agregada além da capacidade. Este tipo de crescimento econômico, enquanto geralmente elogiado pela imprensa e aclamado pelos políticos em exercício, contém as sementes da sua própria destruição. Este tipo de crescimento econômico, que produz investimentos ruins, geralmente vem junto com as grandes oscilações do ciclo de negócios. As grandes ciclos de negócios andam junto com os ciclos financeiros que por sua vez estão provocados por uma política monetária expansionista. Não é raro que esses ciclos de negócios ocorrem em um ambiente de um clima favorável ao investimento que é uma das razões que emprestar torna-se fácil e os formuladores das políticas monetárias e fiscais não se preocupam com o crescimento do crédito. Este tipo de crescimento econômico – a expansão econômica na forma de mau investimento - produz fortes ilusões econômicas. Sua capacidade de destruição permanece escondida à análise econômica convencional. É principalmente apenas a escola austríaca de economia que fornece uma teoria de explicar o crescimento econômico insustentável. A escola austríaca de economia explica este fenômeno de mau investimento como o resultado de uma expansão monetária que não tem a base da economia real. A criação artificial de dinheiro com a disponibilidade de crédito fácil produz a ilusão de riqueza que não existe na realidade. O engano sobre a disponibilidade real dos recursos induz empresas e consumidores de prosseguir com projetos que excedem a disponibilidade de recursos reais. Como conseqüência, quando a escassez se manifesta, precisa-se abandonar os projetos que eram grandes demais. Capital está perdido, e em vez de produzir a prosperidade, a sociedade é agora mais pobre que antes. A melhoria do desempenho econômico que fica atribuída aos pacotes de estímulo mostra-se agora omo fonte de decepção para políticos e investidores. Enquanto as taxas de crescimento econômico como estão medidas nas estatísticas aumentaram, a capacidade produtiva da economia, o que chamamos de crescimento econômico genuíno, entrou em declínio. Assim, após um período transitório onde tinha um aumento do produto interno bruto, a falta de um verdadeiro crescimento levará a um declínio da produção depois. A história econômica está cheia de exemplos de canções de triunfou sendo cantada pelos crentes em crescimento com a expansão dos gastos que pouco tempo depois tive que aprender que eles têm elogiado uma ilusão.
Crescimento autêntico
Crescimento autêntico que se mostra sustentável está feito pelo trabalho cotidiano de milhares e milhares de trabalhadores, empreendedores e inovadores em sua busca de melhorar as suas existências. Não precisa planejamento para este processo acontecer, mas liberdade para a iniciativa privada e a segurança de ganhar os frutos dos próprios esforços. Hoje em dia são principalmente empresas que servem como o lugar de mobilizar a cooperação entre indivíduos e a sua combinação com capital. Crescimento econômico é uma maratona. Os resultados acontecem pouco a pouco e passo a passo. Quando se atua na fronteira dos conhecimentos, não tem mapa. Cada um é um pioneiro de sua vida. Os avanços econômicos acontecem em um processo de tentativa e erro, de atuação e correção. Como ninguém sabe com certeza quais vão ser os produtos e procedimentos do futuro, precisamos muitos atores com ideias diferentes todo um pronto para experimentar o seu plano par realizar os seu sonho e visão. Isto é a função da competição. Diferente da tese que insinua que a função da concorrência seja estabelecer equilibro no ponto do mínimo dos custos médio, a verdadeira função da competição na economia do mercado é a busca para encontrar soluções cada vez melhor de aliviar os problemas da escassez. O capitalismo livre funciona do jeito que para ganhar dinheiro com a sua solução, o pioneiro empresarial precisa revelar o seu produto no mercado e assim se quer ou não quer abre o caminho para imitações da inovação.
O caminho genuíno do crescimento econômico começa no nível da microeconomia com os esforças de todos os atores econômicos. Cada invenção e inovação, cada aumento do capital humano melhora os fatores de produção e amplia a oferta. A escolha final é feito do consumidor. O consumidor não somente decida sobre os produtos de consumo, mas indiretamente também sobre os meios da produção que se instala para produzir os produtos que o consumidor quer. Neste sentido na última instância o dono das empresas não é "o capitalista" mas o consumidor.
Crescimento econômico autêntico não precisa do intervencionismo estatal. Ao contrário: mais livre e diversificado se deixa este processo de busca, mais certo se chaga a obter bons resultados. Este crescimento econômico é um crescimento sem milagres. A sua fonte é simplesmente a busca assídua de indivíduos que querem melhorar as suas situações.
Crescimento autêntico
Crescimento autêntico que se mostra sustentável está feito pelo trabalho cotidiano de milhares e milhares de trabalhadores, empreendedores e inovadores em sua busca de melhorar as suas existências. Não precisa planejamento para este processo acontecer, mas liberdade para a iniciativa privada e a segurança de ganhar os frutos dos próprios esforços. Hoje em dia são principalmente empresas que servem como o lugar de mobilizar a cooperação entre indivíduos e a sua combinação com capital. Crescimento econômico é uma maratona. Os resultados acontecem pouco a pouco e passo a passo. Quando se atua na fronteira dos conhecimentos, não tem mapa. Cada um é um pioneiro de sua vida. Os avanços econômicos acontecem em um processo de tentativa e erro, de atuação e correção. Como ninguém sabe com certeza quais vão ser os produtos e procedimentos do futuro, precisamos muitos atores com ideias diferentes todo um pronto para experimentar o seu plano par realizar os seu sonho e visão. Isto é a função da competição. Diferente da tese que insinua que a função da concorrência seja estabelecer equilibro no ponto do mínimo dos custos médio, a verdadeira função da competição na economia do mercado é a busca para encontrar soluções cada vez melhor de aliviar os problemas da escassez. O capitalismo livre funciona do jeito que para ganhar dinheiro com a sua solução, o pioneiro empresarial precisa revelar o seu produto no mercado e assim se quer ou não quer abre o caminho para imitações da inovação.
O caminho genuíno do crescimento econômico começa no nível da microeconomia com os esforças de todos os atores econômicos. Cada invenção e inovação, cada aumento do capital humano melhora os fatores de produção e amplia a oferta. A escolha final é feito do consumidor. O consumidor não somente decida sobre os produtos de consumo, mas indiretamente também sobre os meios da produção que se instala para produzir os produtos que o consumidor quer. Neste sentido na última instância o dono das empresas não é "o capitalista" mas o consumidor.
Crescimento econômico autêntico não precisa do intervencionismo estatal. Ao contrário: mais livre e diversificado se deixa este processo de busca, mais certo se chaga a obter bons resultados. Este crescimento econômico é um crescimento sem milagres. A sua fonte é simplesmente a busca assídua de indivíduos que querem melhorar as suas situações.
Conclusão
O que acontece com um crescimento econômico insustentável de uma nação é a mesma coisa que acontece com a inadimplência de uma pessoa que queria uma moradia (ou carro ou barco) grande demais dado seus recursos limitados. Depois ser forçado declarar bancarrota não só não obteve a casa grande, mas nenhuma casa e ficou somente com mais dívidas. Muitos danos foram produzidos pelos formuladores de políticas que promoveram políticas macroeconômicas expansionistas, sem reconhecer que, apesar de fazê-lo, na verdade, contribuíram para enfraquecer a capacidade produtiva da economia e, no final, não só não conseguiu criar mais prosperidade, mas na verdade têm deixado as pessoas mais pobres. O que foi promulgado dos governos como um milagre de prosperidade no final se revelou como uma onerosa quimera.
Antony P. Mueller é doutor em economia pela Universidade de Erlangen-Nuremberg, na Alemanha, e atualmente atua como professor na Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ele é o fundador do Continental Economics Institute e mantém os blogs Economia Nova, Cash and Currencies e Sociologia econômica.
Muito bom !
ResponderExcluirParabéns!!
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