O Livro Negro do Comunismo: Crimes, Terror, Repressão é uma obra coletiva de professores e pesquisadores universitários europeus. O livro foi editado por Stéphane Courtois, diretor de pesquisas do Centre national de la recherche scientifique (CNRS), e seu lançamento ocorreu por ocasião dos 80 anos da Revolução Russa.
O Livro Negro faz um inventário da repressão política por parte regimes ditos marxistas-leninistas — incluindo as execuções extrajudiciais, as deportações e as crises de fome. Foi publicado originalmente em 1997, na França, sob o título Le livre noir du communisme: Crimes, terreur, répression.[1]
A introdução, a cargo do editor Stéphane Courtois, declara que "…os regimes comunistas tornaram o crime em massa uma forma de governo". Usando estimativas não oficiais, apresenta um total de mortes que chega aos 94 milhões. A estatística do número de mortes dado por Courtois é a seguinte:
- 20 milhões na União Soviética
- 65 milhões na República Popular da China
- Uma lista parcial mais detalhada de alguns crimes cometidos na União Soviética durante os regimes de Lenin e Stalin descritos no livro inclui:
- As execuções de dezenas de milhares de reféns e prisioneiros e de centenas de milhares de operários e camponeses rebeldes entre 1918 e 1922.
- A grande fome russa de 1921, que causou a morte de 5 milhões de pessoas.
- A deportação e o extermínio dos cossacos do Rio Don em 1920.
- O extermínio de dezenas de milhares em campos de concentração no período entre 1918 e 1930.
- O Grande Expurgo, que acabou com a vida de 690 000 pessoas.
- A deportação dos chamados "kulaks" entre 1930 e 1932.
- O genocídio de 10 milhões de ucranianos - conhecido como "Holodomor" - e de 2 milhões de outros durante a fome de 1932 e 1933.
- As deportações de polacos, ucranianos, bálticos, moldavos e bessarábios entre 1939 e 1941 e entre 1944 e 1945.
- A deportação dos alemães do Volga.
- A deportação dos tártaros da Crimeia em 1943.
- A deportação dos chechenos em 1944.
- A deportação dos inguches em 1944.
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