segunda-feira, 22 de junho de 2015

Capitalismo de estado

Capitalismo de Compadrio: Enquanto a República não cai, Odebecht lidera com 41% os empréstimos do BNDES


A prisão preventiva de Marcelo Odebrecht, presidente do grupo Odebrecht, um dos maiores conglomerados do Brasil é um momento único na história do país.  Para alguns é mais um dos excessos autoritários do juiz Sérgio Moro. Para outros, é o ínicio do fim do “capitalismo de compadrio”.
Capitalismo de compadrio (crony capitalism) é um termo que descreve uma economia em que o sucesso nos negócios depende de relações estreitas entre empresários e o governo. O compadrio pode ocorrer através do favoritismo nas licitações, concessões, empréstimos, subsídios do governo, isenções fiscais ou outras formas de intervencionismo estatal. Neste ponto, não haveria maior ícone para o capitalismo clientelista que a relação Odebrecht-Brasília.
Alimentada pelo governo brasileiro, a Odebrecht conta com Lula como seu principal lobbysta e o estado brasileiro como seu principal cliente, financiador e sócio. De acordo com o Portal da Transparência, apenas em gastos diretos da União, a empreitera recebeu R$ 1,1 bilhão de reais no ano passado. Com a Petrobrás, são mais de 17 bilhões de reais em contratos. Mas há ainda mais – e o BNDES é a caixa preta. 
Entre 2009 e 2014, a Odebrecht recebeu US$ 5 bilhões para financiar suas exportações (“pós-embarque”) a governos e empresas estrangeiras. Este valor corresponde a 41% de todos os empréstimos do período  e apenas é comparável aos empréstimos à Embraer, com US$ 4,9 bilhões (40%). Logo depois, três outras construtoras: Andrade Gutierrez (US$ 802 milhões, ou 7%), Queiroz Galvão (US$ 254 milhões, ou 2,1%) e Camargo Corrêa (US$ 216 milhões, ou 1,8%).
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