O EXÉRCITO VERMELHO E OS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO.
"Há 75 anos, o Exército Vermelho libertou Auschwitz do domínio nazista...
Há 35 quilômetros de Berlim, inaugurado em 1936 pelos nazistas, antes de Auschwitz, funcionava Sachsenhausen - para Heinrich Himmler o protótipo perfeito de campo de concentração.
Era nesse local que funcionava a central administrativa de todo o sistema de carnificina nazista.
Foi em Sachsenhausen que aconteceu a Operação Bernhard. Nesse local, prisioneiros produziram milhões de notas de libras esterlinas falsas. O plano era audacioso: jogar tudo em cima da Grã-Bretanha e colapsar a economia do país gerando a maior inflação do mundo.
Não deu certo.
Foi nesse mesmo campo de concentração que os nazistas também iniciaram os primeiros testes, ainda em pequena escala, do que viria a se tornar as temíveis câmaras de gás, responsáveis pela morte de mais de 1 milhão de judeus em Auschwitz.
Sachsenhausen, um dos maiores campos de concentração do Terceiro Reich, lar de mais de 200 mil prisioneiros por quase uma década, também foi libertado em 1945.
Mas se engana quem pensa que sua história acaba por aí.
É nesse ponto que os soviéticos entram em cena.
Sachsenhausen também foi utilizado pelos comunistas como campo de concentração.
Por 5 anos, os soviéticos, que preservaram sua câmara de gás, enviaram mais de 60 mil pessoas para o mesmo espaço em que os nazistas aniquilavam seus adversários, utilizando as mesmas técnicas.
Com a queda da Alemanha Oriental, escavações encontraram os corpos de mais de 12 mil vítimas assassinadas pelos soviéticos em Sachsenhausen - a maioria de crianças, adolescentes e idosos.
Muitos não-nazistas, como o ator polonês Heinrich George, morreram na carnificina.
Segundo ex-presidiários de Sachsenhausen, essa conta é ainda maior: pelo menos 25 mil pessoas foram assassinadas nos anos em que Stalin substituiu Hitler na governança daquele que era o campo de concentração modelo para o nazismo.
Buchenwald, no leste da Alemanha, construído em 1937 pelos nazistas, liberto pelo exército americano em abril de 1945, também virou campo de concentração soviético.
Quase 30 mil pessoas passaram por ele. Mais de 7 mil morreram nas mãos dos comunistas.
Você já deve ter entendido o ponto aqui.
Os soviéticos não derrubaram o domínio nazista sobre os campos de concentração alemães porque alimentavam genuínas preocupações humanistas.
Os soviéticos apenas não queriam a imprevisibilidade de contar com concorrência na carnificina.
Esses caras, afinal, também tinha seus campos de concentração, os gulags, onde aprisionaram quase 20 milhões de pessoas e assassinaram quase 2 milhões de vítimas.
E eu não estou falando de um ou outro presídio, mas de 53 campos de concentração e 423 campos de trabalho forçado.
A URSS não foi uma espécie de polícia do mundo, responsável por impedir as ações de um bandido perigoso, promovendo a paz.
A URSS foi como o sujeito obscuro que, numa esquina vazia, à noite, impede um criminoso de assaltar uma mulher apenas porque está interessado em estuprá-la."
(Rodrigo da Silva)
Há 35 quilômetros de Berlim, inaugurado em 1936 pelos nazistas, antes de Auschwitz, funcionava Sachsenhausen - para Heinrich Himmler o protótipo perfeito de campo de concentração.
Era nesse local que funcionava a central administrativa de todo o sistema de carnificina nazista.
Foi em Sachsenhausen que aconteceu a Operação Bernhard. Nesse local, prisioneiros produziram milhões de notas de libras esterlinas falsas. O plano era audacioso: jogar tudo em cima da Grã-Bretanha e colapsar a economia do país gerando a maior inflação do mundo.
Não deu certo.
Foi nesse mesmo campo de concentração que os nazistas também iniciaram os primeiros testes, ainda em pequena escala, do que viria a se tornar as temíveis câmaras de gás, responsáveis pela morte de mais de 1 milhão de judeus em Auschwitz.
Sachsenhausen, um dos maiores campos de concentração do Terceiro Reich, lar de mais de 200 mil prisioneiros por quase uma década, também foi libertado em 1945.
Mas se engana quem pensa que sua história acaba por aí.
É nesse ponto que os soviéticos entram em cena.
Sachsenhausen também foi utilizado pelos comunistas como campo de concentração.
Por 5 anos, os soviéticos, que preservaram sua câmara de gás, enviaram mais de 60 mil pessoas para o mesmo espaço em que os nazistas aniquilavam seus adversários, utilizando as mesmas técnicas.
Com a queda da Alemanha Oriental, escavações encontraram os corpos de mais de 12 mil vítimas assassinadas pelos soviéticos em Sachsenhausen - a maioria de crianças, adolescentes e idosos.
Muitos não-nazistas, como o ator polonês Heinrich George, morreram na carnificina.
Segundo ex-presidiários de Sachsenhausen, essa conta é ainda maior: pelo menos 25 mil pessoas foram assassinadas nos anos em que Stalin substituiu Hitler na governança daquele que era o campo de concentração modelo para o nazismo.
Buchenwald, no leste da Alemanha, construído em 1937 pelos nazistas, liberto pelo exército americano em abril de 1945, também virou campo de concentração soviético.
Quase 30 mil pessoas passaram por ele. Mais de 7 mil morreram nas mãos dos comunistas.
Você já deve ter entendido o ponto aqui.
Os soviéticos não derrubaram o domínio nazista sobre os campos de concentração alemães porque alimentavam genuínas preocupações humanistas.
Os soviéticos apenas não queriam a imprevisibilidade de contar com concorrência na carnificina.
Esses caras, afinal, também tinha seus campos de concentração, os gulags, onde aprisionaram quase 20 milhões de pessoas e assassinaram quase 2 milhões de vítimas.
E eu não estou falando de um ou outro presídio, mas de 53 campos de concentração e 423 campos de trabalho forçado.
A URSS não foi uma espécie de polícia do mundo, responsável por impedir as ações de um bandido perigoso, promovendo a paz.
A URSS foi como o sujeito obscuro que, numa esquina vazia, à noite, impede um criminoso de assaltar uma mulher apenas porque está interessado em estuprá-la."
(Rodrigo da Silva)
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