A cultura livre é um crescente entendimento entre artistas e espectadores de que não se deve pedir permissão para copiar, compartilhar e utilizar a obra alheia. A cultua livre também é um conjunto de práticas que torna esta filosofia de trabalho viável na nossa realidade.
O contrário de “cultura livre” é “cultura de permissão” – não necessitamos esclarecer esta última, pois já é de conhecimento geral. Na cultura de permissão, se eu escrevo um livro e você quer traduzí-lo, você necessita ter, primeiramente, minha permissão (ou, mais provavelmente, a permissão do meu editor). De forma similar, se eu compor uma música e você quiser utilizá-la em um filme, você teria de passar por uma série de etapas para ter permissão para fazê-lo. Nossas leis são escritas de forma que a cultura da permissão seja o padrão.
Na cultura livre, você apenas traduz o livro, utiliza a música, e assim por diante. Se eu não gostei da tradução ou do filme, eu sou livre para expressar isso, evidentemente, mas eu não teria poder algum para suprimir ou alterar sua obra. Claro, a cultura livre é uma via de mão dupla: eu sou livre também para produzir uma cópia modificada de seu filme usando uma música diferente, recomendar uma tradução melhor que a sua, etc. Estes são exemplos hipotéticos, apenas para demonstrar a idéia geral: a liberdade de produção e consumo sobrepondo os monopólios comerciais.
Mais
Nenhum comentário:
Postar um comentário