'Geração do diploma' lota faculdades, mas decepciona empresários
Nunca tantos brasileiros chegaram às salas de aula das
universidades, fizeram pós-graduação ou MBAs. Mas, ao mesmo tempo, não só as
empresas reclamam da oferta e qualidade da mão-de-obra no país como os índices
de produtividade do trabalhador custam a aumentar.
Na última década, o número de matrículas no ensino superior no Brasil dobrou,
embora ainda fique bem aquém dos níveis dos países desenvolvidos e alguns
emergentes. Só entre 2011 e 2012, por exemplo, 867 mil brasileiros receberam um
diploma, segundo a mais recente Pesquisa Nacional de Domicílio (Pnad) do
IBGE.A decepção do mercado com o que já está sendo chamado de "geração do diploma" é confirmada por especialistas, organizações empresariais e consultores de recursos humanos.
"Os empresários não querem canudo. Querem capacidade de dar respostas e de apreender coisas novas. E quando testam isso nos candidatos, rejeitam a maioria", diz o sociólogo e especialista em relações do trabalho da Faculdade de Economia e Administração da USP, José Pastore.
Entre empresários, já são lugar-comum relatos de administradores recém-formados que não sabem escrever um relatório ou fazer um orçamento, arquitetos que não conseguem resolver equações simples ou estagiários que ignoram as regras básicas da linguagem ou têm dificuldades de se adaptar às regras de ambientes corporativos
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