“O objetivo é doutrinar”, diz Claudio Haddad
Imperdível a entrevista de Claudio Haddad nas páginas amarelas da Veja desta semana. Haddad foi sócio do Banco Garantia e fundador do Ibmec, hoje Insper em São Paulo. É doutor pela Universidade de Chicago. Suas opiniões sobre educação devem ser ouvidas e respeitadas. E não são nada favoráveis ao modelo atual.
Haddad reforça a acusação que venho fazendo aqui no blog desde o começo: nosso sistema educacional é uma grande máquina de doutrinação ideológica. Ele comprovou isso de uma forma interessante: fez duas vezes a prova do Enade, pois seus alunos tinham se saído mal e ele queria ver o que tinha acontecido.
Na primeira vez, respondeu com base em seus conhecimentos, e errou metade da prova. Na segunda vez, respondeu com base naquilo que achava que os organizadores da prova desejavam como resposta, de acordo com seu viés ideológico, e acertou quase tudo. A constatação ficou clara:
Uma prova cheia de rodeios e com grande espaço para interpretação subjetiva é um prato cheio para doutrinadores testarem o alinhamento ideológico em vez de o conhecimento objetivo. Haddad cita alguns exemplos de claro viés ideológico na entrevista. O que é testado é o grau de proximidade ideológica dos alunos. Aqueles que respondem de acordo com uma mentalidade esquerdista se sobressaem. De onde vem isso? Diz Haddad:
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