RIO - Para a maioria das pessoas preocupadas com a saúde, a gordura faz parte de uma lista quase proibitiva, ao lado da nicotina e do álcool. Mas o papel de vilã nutricional pode estar com os dias contados. Novos estudos mostram que a gordura saturada — encontrada em carnes, ovos e queijos — não está associada a doenças cardiovasculares.
Adepta de alimentação com baixo teor de gordura, a jornalista americana Nina Teicholz viu sua dieta mudar radicalmente quando conseguiu um trabalho como crítica gastronômica em Nova York. Ela passou a comer carnes, sopas cremosas e todo o foie gras que tinha evitado em sua vida. Como resultado, perdeu 4kg e seus níveis de colesterol mantiveram-se estáveis e saudáveis.
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A experiência levou Nina a uma pesquisa de anos sobre como a ciência nos levou a um estado de “gordurofobia” e a uma crescente ingestão de carboidratos. No livro “The big fat surprise: why butter, meat and cheese belong in a healthy diet” (“A grande surpresa da gordura: por que manteiga, carne e queijo pertencem a uma dieta saudável”), lançado no ano passado nos Estados Unidos, a jornalista mostra que pesquisas recentes revelam falta de evidências sobre a gordura saturada ser responsável pelo desequilíbrio nos níveis de colesterol ou pela incidência de doenças cardíacas.
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