Entrevista do sociólogo Simon Schwartzman sobre a relação, ou falta dela, entre aumento de gastos e seus reflexos na educação:
APESAR DOS INVESTIMENTOS FEITOS NOS ÚLTIMOS ANOS, OS ALUNOS
BRASILEIROS CONTINUAM A APRESENTAR PÉSSIMO DESEMPENHO EM
AVALIAÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS. ISSO ACONTECE PORQUE
A MUDANÇA, REALMENTE, É LENTA, OU PORQUE OS INVESTIMENTOS
TÊM SIDO MAL DIRECIONADOS?
As duas coisas. As mudanças são lentas, mas também sabemos que não existe nenhuma relação clara entre gastos e resultados na educação. A educação pública mais cara no Brasil
é a de Brasília, mas sua educação não é melhor do que a de
Minas Gerais, que gasta muito menos por aluno. Quando os
gastos aumentam sem uma política clara de melhora de qualidade, a maior parte dos recursos vão para salários de professores e prédios, que não necessariamente beneficiam os estudantes.
NOS ÚLTIMOS ANOS, O GOVERNO BUSCOU, CLARAMENTE, AMPLIAR A
OFERTA DE ENSINO SUPERIOR POR MEIO DO SETOR PÚBLICO, COM UM
PROGRAMA DE INVESTIMENTO QUE DIRECIONOU MILHÕES, EM VERBAS, PARA AS UNIVERSIDADES FEDERAIS. COMO VÊ ESSA DIRETRIZ DO
GOVERNO? É A MAIS ADEQUADA OU SERIA MAIS EFICIENTE INCENTIVAR A EXPANSÃO VIA SETOR PRIVADO?
A opção não deveria ser entre financiar instituições estatais ou
privadas, mas apoiar financeiramente os estudantes que necessitam e que tenham condições de estudar em instituições
de bom nível, de um tipo ou outro.
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(obrigado pelo link, Roberto)
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