por Stephen Hicks*, em seu livro Explaining Postmodernism, 2004 (e edição expandida 2011).
Primeiro formulado na metade do século XIX, o socialismo marxista clássico fez dois pares de alegações relacionadas, um par econômico e um par moral. Economicamente, alegou que o capitalismo era impulsionado por uma lógica de exploração competitiva que terminaria por causar o seu colapso; o modo de produção comunal do socialismo, em contraste, provar-se-ia economicamente superior. Moralmente, a alegação foi que o capitalismo era mau tanto por causa das motivações de interesse próprio daqueles engajados na competição capitalista quanto por causa da exploração e alienação causadas pela competição; o socialismo, em contraste, seria baseado no sacrifício altruísta e na partilha comunal.
As esperanças iniciais dos socialistas marxistas se concentraram nas contradições econômicas internas do capitalismo. As contradições, pensaram eles, se manifestariam num crescente conflito de classes. Enquanto a competição por recursos se aqueceria, a exploração do proletariado pelos capitalistas necessariamente aumentaria. Enquanto a exploração aumentaria, o proletariado se tornaria ciente de sua alienação e opressão. Em algum ponto, o proletariado explorado concluiria que não aguenta mais e então a revolução aconteceria. Então a estratégia para os intelectuais marxistas era esperar e montar um observatório para os sinais de que as contradições do capitalismo estavam levando logica e inexoravelmente à revolução.
Eles esperaram por muito tempo. Quando veio o início do século XX, depois de várias previsões falhadas de revolução iminente, não apenas estava ficando constrangedor fazer mais previsões, começava a aparentar que o capitalismo estava se desenvolvendo numa direção oposta à que o marxismo disse que deveria se desenvolvendo.
Três previsões fracassadas
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