Quem realmente é ameaçado pela inovação?
Inovar, pelo menos no sentido econômico, significa criar algo novo e valioso ou fazer com que algo velho se torne novo e valioso de novo.
Inovar significa produzir tênis mais fortes usando policloreto de vinila em vez de borracha natural, ou criar um celular que também é uma câmera, um MP3 player e um computador portátil. Inovar significa mudar o que existe, revolucionar.
No entanto, eu penso que a maioria das pessoas, no geral, temem a mudança, ao menos as grandes mudanças.
Para as pessoas que vivem em lugares pobres, uma melhora na alimentação, moradia e educação são, sem dúvida nenhuma, sempre bem recebidos. Entretanto, se eles também tiverem fortes convicções sobre o que é certo e errado, mexer com essas crenças – e as relações sociais e familiares que se baseiam nelas – não vai ser tão bem visto assim. Melhorias no bem estar geral trazem consigo contestações sobre o casamento tradicional, às práticas religiosas e às atitudes conservadoras no que diz respeito à mulher, ao sexo e ao trabalho. Um progresso econômico significativo sempre implica em uma abertura em relação a ideias e pessoas que antes eram estranhas.
Tais mudanças são tanto causas como consequências da inovação: a inovação requer liberdade econômica, que produz grandes redes de comércio que, por sua vez, promovem a liberdade individual.
Inovacionismo
A historiadora econômica Dierdre McClosky pensa que a palavra “inovação” funciona melhor do que “capitalismo” para descrever o sistema de propriedade privada e livre troca que emergiu no Ocidente durante o século XVIII.
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